As coisas não parecem mais as mesmas. O clima mudou, as pessoas mudaram, a vida mudou. Aqueles antigos pensamentos de que tudo é para sempre, hoje estão obsoletos e as coisas são efêmeras tantos materiais quanto sentimentais. Neste mundo globalizado onde tudo é descartável e onde todas as pessoas são artistas ou filósofos, o principal combustível desta sociedade é a ambição de todas as pessoas quererem mais, muito mais amor, ódio, medo. E estão em uma busca incessante para conseguir aquilo que desejam.
O principal reflexo deste sentimentalismo está na total exclusão da arte realista. Aquela arte em que o artista procura exprimir em seu trabalho exatamente o que se vê. Atualmente, as artes plásticas estão mais preocupadas em passar uma mensagem, como um poema, onde as pinceladas, as formas, as texturas são pensadas para criar um ritmo harmonioso para induzir o observador a sentir algo. Muitas vezes este é um poema solitário, triste e cheio de angústia. Mas, desde os primórdios da humanidade as artes sempre retrataram o cotidiano e, atualmente, nossa vida está repleta de desejo em conseguir algo melhor, um objetivo, um trabalho, um sentimento, e, a não realização destes desejos causam-nos uma angustia.
Nos meus trabalhos estão refletidos os conhecimentos de história da arte mundial e brasileira. Resultando em peças ricas, cheias de vida, cores, luz, textura, transparência. Procuro espelhar meu cotidiano e a minha paixão pelo simples utilizando uma linguagem própria unindo o desenho do grafite, a leveza e transparência do acrílico e a textura carregada do óleo com formas simples.
Borboletas - 2009
Acima - Jogo - 2009
Cuzco e Peruana - 2009
Movimentos - 2009
Angustia e Desespero - 2008
Abstrato - 2008
